segunda-feira, 8 de novembro de 2010

um disfarce. uma fraude




Os carros que passam e a história que cada um esconde e leva.
Poderia ser poesia.
As gotas que são facilmente carregadas pelo vento na superfície da janela.
Poderia ser poesia.
Uma viagem com desconhecidos, onde cada um só se dispõe a si mesmo.
Poderia ser poesia.
Olhares perdidos com tantos significados ignorados.
Poderia ser poesia.
Todo o carinho de mãe para com um ser a tão pouco concebido, mas já imensamente amado.
Poderia ser poesia.
O silêncio que denuncia a falta de humano em cada ser.
Poderia ser poesia.
O efeito da musica sobre seus sentimentos vuneraveis.
Poderia ser poesia.
Toda vida morta, largada ali na beira da entrada.
Sim, também, poderia.

Mas como poetizar todas essas passagens?
Não sou poeta.
Sou apenas uma tradutora de sentimentos, que mais perde as palavras do que as encontra. Mais bagunça o simples, do que se faz entender.
Não sou poeta.
Só observo.
Só absorvo.
Só conto.
Reconto.
Sem ponto

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